quarta-feira, 30 de março de 2011

O Casal Arnolfini

Caros,

Deixo abaixo algumas reproduções da obra de Jan Van Eyck, "O Casal Arnolfini" ou "O retrato dos Arnolfini" ou "O casamento dos Arnolfini" ou ainda "Retrato de Giovanni Arnolfini e sua esposa".

Jan Van Eyck. Retrato de Giovanni Arnolfini e sua Esposa, 1434 - National Gallery - Londres










Por favor, me enviem seus comentários até a próxima terça-feira.

Um abraço,
Letícia.

sábado, 26 de março de 2011

A Trinità de Masaccio

Caros,

Deixo aqui algumas reproduções da Trindade, de Masaccio, para que vocês a observem e teçam seus comentários. Como o professor pediu, e eu aqui reforço, enviem até a próxima terça-feira, para que eu possa organizá-los.

Um abraço,
Letícia.

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Masaccio. Trinità, 1425-28
Afresco, 640 x 317 cm
Santa Maria Novella, Florença




Gentile da Fabriano e relações

Caros,

Na última aula o professor leu os comentários sobre a obra Adoração dos Magos, de Gentile da Fabriano e vimos algumas relações com a mesma.

Deixo abaixo as imagens.
Gentile da Fabriano. Adoração dos Magos, 1423





O aglomerado de personagens, presente na pintura de Gentile da Fabriano, aparece, também, nas obras de Ingres, como podemos ver em O martírio de São Sinforiano de 1834.
Jean-Auguste-Dominique Ingres.
O martírio de São Sinforiano, 1834

A ornamentação, fortemente presente em Adoração dos Magos, basta pensarmos na riqueza das vestes ou nos adornos dos animais, teve grande repercussão nos séculos seguintes. Gustav Klimt, assim como outros pintores do fim do XIX, embora com intuitos diferentes, utilizam-se dos mesmos artifícios, para criar um ambiente que mescle luxo, preciosidade, crueldade e morte.

A preciosidade invade não só a tela, mas também aquilo que a cerca - a moldura.
Tudo na obra fica rico, precioso.
Gustav Klimt. Judith I, 1901.




Para os que quiserem explorar um pouco mais a obra, graças ao Google Art Project, podemos ver os detalhes da Adoração dos Magos: http://www.googleartproject.com/museums/uffizi/adoration-of-the-magi-43

quarta-feira, 23 de março de 2011

Referências Bibliográficas

Deixo aqui no blog as referências dos textos para leitura e/ou citados em sala:

- BAUDELAIRE, Charles. Poesia e prosa: volume único. Organização, revisão geral e notas por Ivo Barroso. Tradução de Cleone Augusto Rodrigues. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1995.
Salão de 1846:
- Cap II - O que é Romantismo?
- Cap III - Sobre a cor
- Cap IV - Delacroix


- COLI, Jorge. O corpo da liberdade. São Paulo: Cosacnaify 2010.
Capítulo: "A semelhança e a aura: sobre Proust e Walter Benjamin seguido por considerações sobre a distinção entra autor e artista" p.267-84

- PANOFSKY, Erwin. Renascimento e Renascimentos na Arte Ocidental. Tradução de Fernando Neves. Lisboa: Editorial Presença, 1960. (Disponível nas bibliotecas do IFCH, IA, IEL)

- PANOFSKY, Erwin. A Perspectiva como forma simbólica. Tradução de Elisabete Nunes. Lisboa: Edições 70, 1993. (Disponível nas bibliotecas do IFCH, IA, FE, BCCL)


- WÖLLFLIN, Heinrich. Conceitos Fundamentais da História da Arte. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Donatello e suas obras

DONATELLO
Figura Alegórica de um Garoto (Atys), 1430s
Bronze, altura: 104 cm
Museo Nazionale del Bargello, Florença
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DONATELLO
David, c. 1430
Bronze
Museo Nazionale del Bargello, Florença

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DONATELLO
São João Batista
1457
Bronze, altura: 185 cm
Duomo, Siena
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DONATELLO
Santa Maria Madalena
c. 1457
Madeira, altura: 188 cm
Museo dell'Opera del Duomo, Florença

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DONATELLO
Madonna com a criança
1448
Bronze, altura: 160 cm
Basilica di Sant'Antonio, Padua
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domingo, 20 de março de 2011

Gentile da Fabriano, Adoração dos Magos

Gentile da Fabriano - Adoração dos Magos, 1423
Adoração dos Magos (detalhe)
Para quem quiser saber mais sobre o artista, veja aqui sua biografia.

Baudelaire e o Salão de 1846

Deixo abaixo trechos do texto do Salão de 1846, de Baudelaire, traduzido pelo prof. Coli.

Lembrando que não é todo o texto que está disponível aqui no blog. Este encontra-se na pasta da disciplina, no xerox da biblioteca.

Um abraço,
Letícia


"Baudelaire: Salão de 1846 – O que é o Romatismo?

São poucos hoje os que dariam a esta palavra um sentido real e positivo; eles ousariam no entanto afirmar que uma geração aceitou travar uma batalha de vários anos, por uma bandeira que não seja um símbolo?

Lembremos os distúrbios desses últimos tempos, e veremos que, se sobraram poucos românticos, é porque foram poucos os que encontraram o romantismo, mas todos o buscaram sincera e lealmente.

- Alguns só se dedicaram à escolha dos temas: não tinham o temperamento de seus temas. – Outros, acreditando numa sociedade católica, procuraram refletir o catolicismo em suas obras – Intitular-se romântico e olhar sistematicamente o passado é contradizer-se. – Estes, em nome dos românticos, blasfemaram contra os Gregos e os Romanos: ora, é possível produzir Romanos e Gregos antigos, quando o somos nós mesmos. – A verdade na arte e a cor local extraviaram muitos outros. O realismo existiu muito tempo antes dessa grande batalha, e aliás, compor uma tragédia ou um quadro para o Sr. Raou Rochette, é se expor a um desmentido do primeiro que chegar , se este sabe mais que o Sr. Raoul. Rochette.

O romantismo não está precisamente nem na escolha do tema, nem na verdade exata, mas na maneira de sentir.

Buscaram-no fora, quando só era possível encontrá-lo dentro.

Para mim, o romantismo é a expressão mais recente, a mais atual do belo.

Há tantas belezas quanto maneiras habituais de se buscar a felicidade.

A filosofia do progresso explica isto claramente; assim como houve tantos ideais quanto houve para os povos maneiras de se compreender a moral, o amor, a religião, etc., o romantismo não se constituirá em uma execução perfeita, mas numa concepção análoga à moral do século..

(...) É necessário, antes de tudo, conhecer os aspectos da natureza e as situações do homem, que os artistas do passado desdenharam ou não conheceram.

Quem diz romantismo, diz arte moderna, - quer dizer intimidade, espiritualidade, cor, aspiração em direção ao infinito, expressos por todos os meios que as artes contém.

(...)
(Delacroix)
Não é apenas a dor que ele (Delacroix) sabe exprimir melhor, mas sobretudo, - prodigioso mistério de sua pintura, - a dor moral! Essa melancolia brilha de com um morno esplendor, mesmo em sua cor, larga, simples, abundante em massas harmônicas, como as de todos os grandes coloristas, mas chorosa e profunda como uma melodia de Weber.

Cada um dos mestres antigos tem seu reino e seu apanágio, - que é freqüentemente obrigado a compartilhar com rivais ilustres. Rafael possui a forma, Rubens e Veronese a cor, Rubens e Michelangelo a imaginação do desenho. Uma porção do império restava, em que apenas Rembrandt havia feito algumas excursões, - o drama, - o drama vivo e natural, expresso frequentemente pela cor, mas sempre pelo gesto.

É por causa dessa qualidade inteiramente moderna e inteiramente nova que Delacroix é a última expressão do progresso em arte. Herdeiro da grande tradição, quer dizer, da amplidão, da nobreza e da pompa na composição, e digno sucessor dos velhos mestres, possui, além deles a maestria da dor, a paixão, o gesto! Está aí verdadeiramente o que se faz a importância de sua grandeza. – Com efeito, suponham que a bagagem de um desses ilustres velhos se perca, ele terá sempre seu análogo que poderá explicá-lo e fazê-lo adivinhar pelo pensamento do historiador. Excluam Delacroix, a grande cadeia da história se rompe e rui por terra."
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Slides aula 03

Caros,

segue abaixo o anexo em PDF e PPT dos slides da aula passada.


- Slides aula 03 (arquivo power point)

- Slides aula 03 (arquivo pdf)


Um abraço,
Letícia.

Concurso para a Porta do Batistério

Caros,

Na última aula o prof. Coli leu os comentários sobre as duas formelle, de Brunelleschi e de Ghiberti, para o concurso da Porta do Batistério, de 1401. Como vimos, Brunelleschi foi eleito e vencedor (pela sala). 
Além disso, as duas obras foram postas lado a lado, de forma que pudessemos destacar suas claras diferenças. 

De um lado Ghiberti com suas referências clássicas e seu tom épico e heróico. 




 Ghiberti apresenta-se, devido ao tratamento dos rochedos, um herdeiro de Giotto. Nos painéis da Vida de São Francisco de Assis, podemos identificar essa herança.

GIOTTO di Bondone - O Legado de São Francisco: 14. Milagre da Fonte, 1297-1300

GIOTTO di Bondone - Cenas da Vida de São Francisco: 1. Estigmatização de São Francisco, 1325

GIOTTO di Bondone - Estigmatização de São Francisco, 1300.


De outro lado, temos Brunelleschi, com os traços do gótico tardio.


Argan destaca em seu texto sobre o Concurso do Batistério (em: História da Arte Italiana - vol. 2 pp.138-9), a influência de Giovanni Pisano, na obra de Brunelleschi. Identificada pela figura do anjo.


PISANO, Giovanni
Juízo Final (detalhe)
1310
Catedral, Pisa

Vemos, também a referência à uma obra clássica: Lo Spinario.



Lo Spinario (Palazzo dei Conservatori, Musei Capitolini).

Por fim, vimos apesar do parentesco, a grande disparidade entre os dois escultores: o pai Nicola Pisano e o filho Giovanni Pisano.

Nicola Pisano - Anunciação, Nascimento de Jesus e Adoração dos Pastores, 1260 (Batisterio de Pisa)

Nicola Pisano - A Fortaleza, ou Hércules como a Fortaleza, 1260

Giovanni Pisano - Massacre dos Inocentes, 1301 (84x102cm) Sant'Andrea, Pistoia

Giovanni Pisano - Hércules (detalhe do púlpito), 1302-10